segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tiragem para o ano - 2013 o ano da Lua


Em uma forma muito ousada de entender como seria o meu ano, em dezembro do ano passado "criei" uma tiragem para o ano todo.

Era um método simples, um arcano maior para todo o ano e um menor para cada mês. Foi muito complicado acompanhar os meses com apenas um arcano menor, mas eu me lembro muito bem qual foi o arcano maior que saiu: A Lua!
Pra mim, a Lua é um dos arcanos mais controversos. Não é declaradamente ruim e nem arregaladamente boa. A lua é um arcano que incomoda por ser perigoso pelo desconhecido e pela rejeição que temos de temer um arcano tão lindo!
Um dos arcanos a trazer uma imagem arquetípica necessariamente feminina e que desembocará na energia ativa e masculina do arcano sol logo em seguida.
E assim foi o meu ano, para quem visse de fora foi um ano que não teve desenvolvimentos grandes ou vitórias que me autorizassem ostentar qualquer coisa, mas os ganhos percebidos por mim mesmo e sutilmente foram grandes.
A confusão mental da Lua veio com tudo, a ambiguidade, os pensamentos divididos e as duvidas com certeza estiveram comigo, mas o contato e desenvolvimento espiritual me ajudaram para que eu não ficasse completamente maluco.
Junto com a Lua vem um passaporte de acesso ao seu interior mais profundo, aqueles que você não teria autorização para ir até ele em outras situações mas com a Lua ele se torna aberto e chamativo.
O meu desenvolvimento espiritual nesse ano foi muito grande, assim como o acesso aos meus guias protetores e as divindades internas.
Novidades apareceram e foram de grande transformação na minha vida mas as conclusões de cada uma delas só puderam vir em 2014 e estão todas devidamente agendadas.
Agora são 23:26 do dia 23/12/2013 e daqui alguns minutos devo saber o arcano regente de 2014. Ousada mas que nesse ano deu muito certo! 
E que venha o novo ano cheio de.... bom, vamos jogar.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O bom samaritano, Natal e o 6 de Ouros

O Seis de Ouros

Pela ilustração do Tarô de Rider-Waite estamos sempre muito sujeitos firmar o seis de ouros como a carta que me mostra a caridade, bondade, divisão com os pobres. A imagem é muito clara quando mostra o mercador em meio a sua atividade dividindo com quem precisa de caridade.
Sempre é preciso estudar o tarô em seu contexto. E com isso será possível não enxergar apenas esse significado tão engessado da carta. 


O quatro de ouros mostra a avareza e a mesquinharia, o cinco de ouros mostra a continuidade do individuo que não aprendeu a tempo que suas atitudes agoístas não seriam vantajosas e acabou perdendo tudo. Vem a imagem de mendicância, perda e miséria.
O seis de ouros traz a reviravolta, o aprendizado. Aquele que aprendeu com o seu erro e sabe, HOJE, que é preciso ajudar. O indivíduo central não nasceu bonzinho e cheio de benevolência, ele apanhou com seus erros e hoje ajuda aqueles que precisam.
Em uma interpretação particular eu vejo que no quatro de ouros ele está agarrado com seus bens, no cinco de ouros os bens já pertencem a outra instituição e por isso as moedas estão presas aos vitrais mostrando a riqueza da instituição à quem o dinheiro pertence hoje.
Mas no seis de copas ele já entendeu que aquilo que construímos não adianta de nada quando não é divido e servido para o bem. Eu, pessoalmente, interpreto as moedas acima dele pois o valor está na situação, no servir, no crescimento como pessoa e não em posse de qualquer uma das três figuras. Todos ganham.

O Natal

Desde muito cedo recebemos um bombardeio de cobranças nessa época, de que sejamos bons, benevolentes, caridosos e tudo que a mídia junto dos costumes cristãos nos prega. Nessa época as pessoas cobram que se tenha mais sensibilidade com as pessoas e com aqueles que precisam de ajuda. 
O nascimento de alguém tão importante na humanidade certamente desperta alguns sentimentos bons. Mas será que o Natal fala mesmo de bondade e de dedicação ao seu próximo?
A passagem biblica que mais fala sobre dedicação ao próximo não é a do nascimento de Jesus. Jesus, o Messias, nasceu em uma manjedoura em um ambiente simples e precário e recebeu a visita dos três reis magos. Os três reis magos deram a Jesus algo que era realmente caro na época e que lhes custou muito dinheiro, certamente, mas não representava uma ajuda de fato. Os três reis magos fizeram como aquele tio rico que dá o presente mais caro e menos interessante.
Caso nesse Natal qualquer um queira, de fato, se espelhar num exemplo de bondade devem ser Bons Samaritanos, que deixam o seu caminho do trabalho, tiram realmente de seu bolso para ajudar alguém que realmente precisa.

Diferente dos Reis Magos, o Bom Samaritano ajudou alguém que não seria famoso, diretamente ligado a Deus, nem o Messias. O bom samritano ajudou um anônimo, quase morto a beira da estrada e que ninguém saberia que o teria feito. Quando queremos realmente fazer algo de bom, fazemos por nós e para nós. Ninguém precisa saber e as vezes nem mesmo o ajudado.
A paz que a caridade traz é maior do que qualquer massagem de ego. Que nesse Natal e que em todo o ano você seja caridoso e feliz por ajudar e não por se julgar mais pertinho do céu.
Um abraço,